segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Capítulo 1

Capítulo 1  
  Em uma pequena cidadezinha se encontra uma doce e encantadora menina.
Seu nome é Alice e seu sonho é ter uma enorme família, pois ama muito crianças.
Alice tem 17 anos, mas com seus lindos cabelos loiros, lisos caindo sobre seu rosto, branco como a neve, a faz parecer ter menos idade que isso.

Alice frequentava uma escola pública. Desde a morte de seu pai, ela e sua mãe se mudaram para uma humilde casa nesta cidade minúscula.
A pequena Alice detestava aquele lugar. Por não ter pra onde sair e com quem conversar. Na escola ela não conversava com ninguém. Todos eram maloqueiros, metidos ou nerds demais.
Mas apesar de Alice não ter nenhum amigo, é uma garota sonhadora, delicada e meiga. Seus olhos azuis realçam a ternura e a inocência em seu rosto. Ela mora com a mãe. Perdera o pai quando tinha cinco anos de idade e isso fez com que Alice procurasse ajudar a mãe nas horas de necessidade e conforto e vice-versa.
Angela, mãe de Alice, sonha que a menina seja uma grande e famosa bailarina. Porém a menina odeia balé, mas o faz para alegrar sua mãe, a quem tanto ama.
A garota era extremamente chegada ao pai. Não que a mãe fosse uma desnaturada, que não dava atenção, nada disso. Era algo do interior. Algo em Jeff que fazia ele ser o "preferido" de Alice. Claro, a menina amava a mãe, muito. E passou a entendê-la depois do falecimento de seu querido pai. As duas ficaram cada dia mais próximas, buscando sempre ajudar uma a outra. Apesar de que Angela tinha um gênio um pouco forte. Um pouco, protetora demais, se é que você me entende.
               Alice não tinha namorado. Não amava ninguém. Aprendera a amar a si mesma e assim pretendia ficar. E outra, aquele não era o melhor lugar do mundo para se encontrar um príncipe encantado. Não mesmo. E também não tinha o mínimo de vergonha de ser virgem e nunca ter beijado ninguém aos 17 anos. Para ela, o amor viria com o tempo.E ela não ficava todos os dias roendo as unhas debaixo das cobertas pensando se no dia seguinte se esbarraria com o amor de sua vida. Mas ela esperava por esse dia. Intima e secretamente. Esperava.

         Em mais um dia rotineiro, Alice chega do colégio onde cursa o terceiro ano do ensino médio. O dia como sempre fora um tédio total. Aulas quase sem conteúdo, professores cansados e inúteis, e as outras pessoas que conversavam de mais. Alice anotou o que conseguiu entender, o que não era muita coisa. Ao bater o sinal anunciando o fim da tortura, a garota se levantou rapidamente e com um suspiro saiu da escola. Como sempre, Alice ia andando para casa. Sua escola ficava em frente a uma praça. Todos os dias, o mesmo cenário: Uma praça com poucas arvores e nao mais que dois bancos, um pipoqueiro, uma rampa de skate com alguns garotos, um antigo e deteriorado playground onde várias crianças brincavam. Passou em frente á seu curso de balé. Estava fechado, como de costume. Alice acelerou o passo. Não via a hora de chegar em casa, tomar um banho relaxante e descansar um pouco. Até as 18h que era quando começava suas aulas de balé.
Depois de realizar seu pequeno desejo, Alice se arruma para o curso. Prende seus cabelos loiros em um coque. Coloca as sapatilhas na bolsa, pede a benção de Dona Angela que, como sempre, dá seus avisos para ter cuidado com tudo ao seu redor e então se vai.
Alice andava tranquilamente, estava quase chegando na praça, ouvindo sua musica preferida, Avril Lavigne – Alice, no último volume em seu inseparável Ipod. Ela amava música, isso era um fato. Cada acorde, cada batida entrava por seus ouvidos lhe causando um leve tremor. Ela adorava aquilo. Alice atravessou a rua, mechendo os lábios juntos com a música. Era uma forma de tentar aliviar a torturante idéia que poucos minutos depois, ela estaria ao som monótono e arcaico de seu curso. Alice analisou os próximos dez metros de chão, procurando alguma falha, e então fechou os olhos, absorvendo ainda mais a música. Ela estava a poucos metros de seu destino, quando tudo acontece muito rápido. Ela ouve um barulho de rodas percorrendo o chão. E estava muito, muito próximo. Ela abre os olhos e em uma fração de segundos, sem nem mesmo conseguir gritar ou respirar, Alice é jogada ao chão com violencia. Como eu disse, tudo acontecera muito rápido e a garota só teve tempo de reconhecer três coisas: um skate, um garoto no chão ao lado dela e seu querido Ipod totalmente destruído no chão.

- Porra mano, olha por on... - Ele então percebe a delicada garota de olhos azuis penetrantes ao seu lado - Oh... Me desculpe! Me desculpe, me desculpe!

O garoto levantou depressa, ignorando os machucados que ardiam em seu joelho. Estendeu a mão para ajudar a garota a levantar. Seus olhos estavam brilhando. Ele estava... deslumbrado.
Alice não percebeu a mão do garoto, nem ao menos olhou seu rosto. Ela estava consumida pelo ódio de ver seu, caro Ipod no chão, despedaçado. O ipod que ela tanto lutara para comprar, vendendo de porta em porta os deliciosos doces que sua mãe fazia. Pegou o que restou dele e encheu seus pulmões para chingar o infeliz que fez isto. Mas... ao bater seus olhos no rosto do garoto em sua frente, com olhos preocupados e um brilho esquisito, lhe estendendo a mão. As palavras simplesmente não vieram, deixando-a sem ar.


- Me desculpe! Você está bem? Me desculpa mesmo. Eu tava andando de skate ae com a cabeça em outro mundo sabe? E nem vi você. Me desculpa. Vou comprar outro desse pra você ok?

O garoto de olhos pretos, pele branca e cabelos negros como a noite bagunçados caindo sobre seu rosto, estava ali, na sua frente. Estendo a mão. E o que Alice fez? Ficou paralisada, olhando para o garoto com cara de idiota. Ao pensar nisso, Alice sentiu vergonha de si mesma e se repreendeu por tal ato. Ela estava embaraçada. Não sabia o que fazer ou dizer. Precisar pensar em alguma coisa. E então, o relógio da praça iluminou seu caminho. Alice levantou num pulo e falou gaguejando, sem olhar diretamente nos olhos do garoto.


-
Te-tenho que ir, estou atrasada. eu...

E então ela correu, deixando o garoto sem entender nada. Correu até seu curso. Estava vermelha de vergonha.
Suspirou aliviada ao chegar em seu destino. E então, depois de um segundo se sentiu a pessoa mais idiota do mundo. Que ridículo. Pra que isso Alice? Pra que fugir daquele jeito? Que cara você vai ter agora quando encontrar o garoto? nem se quer pediu desculpas.. nem falou seu nome! Que feio Alice, que feio! - Ela pensou.
Agora, mais do que nunca, ela nã queria vê-lo novamente. Não queria ter outra cena dessas novamente.

O garoto a seguiu com os olhos e a viu entrar em uma casa em frente á praça. Ficou um tempo ali, pensando. Achou engraçado o jeito da menina. Tímida, meiga. O garoto sorriu com o pensamento. Fez um nota mental de prestar mais atenção quando for andar de skate.
Aquela garota é tão linda! - Ele adotou esse pensamento desde o primeiro instante que a vira.
Ele precisava encontrá-la de novo. Precisama pedir desculpas. E mais do que nunca, lhe comprar um Ipod novo! Ele não fazia a menor idéia de como, mais era o mínimo que ele podia fazer. Decidiu então, sentar no banco da pracinha e esperar pela garota.Ele precisava saber seu nome. Precisava conhece-la melhor. E então, ele a esperou.


Fim do capítulo 1

Um comentário:

Naty disse...

Muitooooo bom!
Cuidado com o portugues ok?
Me impressionou